De acordo com Dênio Raman Carvalho de Oliveira, doutor em análise estrutural da UFPA, houve um 'erro no cálculo estrutural da obra', onde ocorreu o colapso do edifício. A estrutura do prédio foi submetida a uma combinação elevada de carregamentos verticais (parede, contra piso, revestimentos) e horizontais (o vento).
'O prédio apresentava alguns problemas no cálculo estrutural, verificou-se que diversos pilares no nível do pavimento térreo não apresentavam resistência compatível com os esforços atuantes, alguns apresentando ruptura (fissuras) brusca, sem avisos. Devido isso, estes pilares não aguentaram o peso da obra, ocasionando o colapso', explica Dênio Ramar.
De acordo com o presidente do Crea-Pa, engenheiro civil José Viana, o laudo será encaminhado para a Câmara Especializada em Engenharia Civil, de Belém, onde será verificado se houve imperícia, imprudência ou negligência por parte do engenheiro estrutural da obra, Raimundo Lobato da Silva. Feito isso, a Comissão de Ética irá avaliar o caso e se pronunciará se, caberá ou não penalizar com advertência ou suspensão o engenheiro responsável ou se arquiva processo.
Segundo o diretor do curso de Engenharia da UFPA, Manoel Peres, as análises deram muito trabalho e todos que participaram do laudo são mestres e doutores em Engenharia Civil. 'Fizemos um estudo bastante detalhado, utilizamos softwares específicos que detectaram o erro no cálculo de estrutura da obra', conta.
Ainda de acordo com Manoel, se o prédio tivesse tombado para o lado naquele dia, haveria muito mais mortes. 'Este foi um erro inadmissível! Qualquer um outro engenheiro calculista teria acertado esse cálculo', acusa.
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